2 de dezembro de 2017

TUDO O QUE NOS UNE

Decorria o ano de 1950. Tempos difíceis………………..
Na aldeia de Parada-Bragança, nascem duas crianças de sexo masculino, separadas por escaços dias. Henrique Rodrigues Raimundo e Manuel António Afonso.
Os seus progenitores, vizinhos, amigos, faziam todos os sacrifícios para poderem criar os seus filhos. Famílias numerosas.
Eu, Manuel, lutava para sobreviver, mas na verdade a minha mãe não produzia leite suficiente para me amamentar. Sorte a minha, a tua mãe, Henrique tinha excesso e tu não conseguias esgotar aquele precioso alimento.
Assim, foi fácil para nós. Depois de estares de barriguinha cheia, pegava-lhe eu, já na altura de muito alimento. Foi assim que a tua mãe nos amamentou aos dois até alcançar a autonomia alimentar.
Adivinhava-se que seria o elo fraterno para a nossa vida.
Os nossos progenitores, unidos pelos laços da amizade viram prolongar no tempo o nosso crescimento, a nossa fraternidade que creio será até ao último sopro de vida. Até que a morte nos separe.
Decorridos 67 anos, continuamos unidos e de perfeita saúde, sei que o que eu sinto em relação a ti, Henrique é recíproco e assim nos vamos manter até ao resto da nossa vida. Não somos irmãos biológicos, mas somos de leite.
Em homenagem ao que nos une, partilho convosco a alegria de ter este ser humano no meu núcleo familiar.
   

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PARADA - Lar, Doce Lar - Meu Berço e meu Refúgio

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A mesma Parada vista por dois olhares