9 de dezembro de 2013

A LUZ QUE BRILHA MAIS QUE O SOL

Diana Parabéns Diana! 6 anos.

Meus caros conterrâneos, leitores e amigos

Li algures uma definição de Willa Cather, em que ela diz: “a felicidade é estar absorvido por algo completo e maravilhoso”.

É verdade, é esse o estado em que me encontro e por isso me atrevo a registá-lo neste meu singelo espaço virtual, partilhando-o com os meus leitores e amigos.

Sou feliz, tenho uma família maravilhosa que eu muito amo, mas hoje que a minha netinha querida faz 6 aninhos, não posso ficar indiferente e por isso aqui ficam as minhas palavras de amor.

Parafraseando um texto de um Grande amigo meu, referindo-se a um filho: “o amor não se descreve, pratica-se”.

Este é o meu lema de vida perante todos os que me rodeiam e são queridos. Tu pequenina, mereces todo o meu carinho, afecto e dedicação. Tu és a Luz que me iluminas.

Bem sei que os meus leitores vão dizer: “que avô babado”, não me importo. Sou na verdade um ser humano que ama a vida e por isso não é pecado nenhum mostrar perante os outros tão nobres sentimentos.

Carta para a nossa querida neta

“Querida neta, que imensa alegria transborda dos nossos corações neste dia que te pertence. Tu significas muito para nós e queremos através destas simples palavras dizer o quanto te desejamos felicidades, paz, harmonia e muito sucesso na tua vida.

Hoje completas mais um ano de vida. Que Deus te conceda muitos mais e todos eles com saúde e energia para que jamais desistas das lutas de todos os dias. Que os amigos que te cercam sejam sempre sinceros e que os teus caminhos sejam iluminados pelos anjos que estarão sempre a proteger-te e a abençoar-te.

Na realidade tu és a luz da nossa família.

Sabemos que um dia vais ler este simples manifesto de alegria, querida netinha. Vais ficar feliz sabendo que todos te dedicamos o carinho e amor que tanto mereces.

Ao dar-te os parabéns também englobamos os teus pais e restante família, pois eles adoram-te e partilham connosco toda esta felicidade.

Nestes tempos conturbados que estamos a viver socialmente, pedimos a DEUS, sim a DEUS porque somos católicos e alimentamos a esperança que melhores dias o futuro nos reserva, que a tua geração seja repleta de progressos.

Guardaremos connosco toda a alegria que nos tens proporcionado.

Obrigado por ser tudo de melhor que temos na nossa vida. Que este dia seja o primeiro de tantos outros especiais que terás pela frente.

FELIZ ANIVERSÁRIO Querida Neta.

Votos sinceros dos avós que muito te amam – Adozinda e Manuel”

Os pais da Diana e ela  Os avós - Adozinda e Manuel

Manuel Afonso (Manuel Silvino)

23 de setembro de 2013

NEM TUDO O VENTO LEVOU

Meus caros conterrâneos, leitores e amigos.

É bom nunca desistir. Foi isso que eu fiz ao longo de muitos anos.

Bem isto a propósito do texto que me proponho partilhar com os meus amigos e leitores.

Este agora meu pequeno texto retrata o meu reencontro com alguém que me marcou profundamente, tendo com ele criado tal amizade, que nunca julguei ser possível estar tanto tempo em letargo.

Depois desta pequena introdução, vamos ao tema a desenvolver.

Manuel Afonso Amilcar MorenoEm Janeiro de 1967, assentei praça na Armada Portuguesa. Mancebo de tenra idade, com apenas 16 anos de idade. Tive o privilégio de conhecer um Sr. de seu nome Amílcar Moreno,  que no ano anterior, Abril de 1966, com 16 anos de idade tal como eu, também ele assentou praça na Armada. Existia em comum o facto de ambos sermos oriundos da mesma região, Trás-os-Montes. Ele natural do Brinço, eu de Parada, duas aldeias maravilhosas do Nordeste Transmontano.

Foi extremamente fácil criar laços de amizade. Desde início me apercebi estar na presença de alguém superdotado, de características excepcionais. Rapaz humilde, generoso, humano e possuidor de uma inteligência rara.

Os tempos iam passando e a nossa amizade exponencialmente aumentava. Existiam mais amigos da nossa terra, que tal como eu, comungavam da minha tese de análise, estou-me a lembrar do Armando, que foi ele que mo apresentou, do Amadeu, Venceslau, Miranda, mais tarde do Geraldes, Machado, Figueiredo, enfim, muitos que foram engrossando o nosso núcleo de amigos transmontanos. Todos comungavam da mesma tese. Estávamos perante alguém, que era um verdadeiro amigo; ajudava o próximo sem visar nenhum retorno do seu acto. Usando um cliché, neste caso envolto de completa realidade, podíamos dizer com toda a firmeza que o Amílcar era capaz de “despir a sua camisa” para dar ao colega. Era traquinas, brincalhão e por vezes, não media as consequências. Tudo isto fruto da sua juventude e irreverência. Vitimas destas situações mais graves que eu tenha conhecimento, o Amadeu e o Paulino. Se algum deles passar por este blog, sabe do que estou a falar. Tudo isto foi ultrapassado e hoje resta a amizade e vontade de o abraçar.

O serviço militar tem destas coisas, cria amizade, companheirismo e mesmo laços fraternais. O tempo ia decorrendo, cada qual seguia as suas carreiras e destinos. Eu e o Amílcar, fomos sempre coabitando os mesmos espaços e locais, o que fez com que a nossa amizade aumentasse e perdurasse. Talvez fruto de ambos continuarmos por Lisboa.

Em 4 de Agosto de 1970, com 4 anos 4 meses e 4 dias, o Amílcar teve baixa do serviço militar, regressando à vida civil. Eram tempos em que arranjar trabalho não era difícil. Eu recordo que comprava o Diário de Notícias de manhã e à noite estava empregado.

O Amílcar arranjava emprego com muita facilidade. Acontecia que depois de empregado, muitas vezes lhe faziam a vida difícil porque facilmente se apercebiam que estavam perante um talento que lhes poderia, a curto prazo, “usurpar” os seus cargos, pelos méritos demonstrados. Recordo que esteve ligado a seguros, agência de navegação, enfim, trabalhos sempre aliciantes, que ele dominava facilmente.

A nossa amizade continuava. Encontrávamo-nos com regularidade para jantar e pôr a nossa conversa em dia.

Em 9 de Setembro de 1971, com 4 anos 9 meses e 8 dias, tive eu baixa do serviço militar. Segui o mesmo percurso, empreguei-me e dei início à minha actividade laboral.

Em Fevereiro de 1974, o Amílcar, numa das nossas habituais conversas, manifestou-me vontade de partir para fora do país, à procura de novos horizontes, pois ele sentia que tinha pernas para andar e neste país, as estruturas, não o deixavam desenvolver as suas altas capacidade profissionais.

É assim que em 8 de Março, parte rumo à Austrália, onde ainda se mantém. Aqui perdi o seu contacto. Na verdade eram tempos difíceis, não existiam os meios tecnológicos actuais, o que muito contribuiu para o nosso afastamento. Perdi o contacto com o Amílcar, por razões alheias à nossa vontade, mas não desisti de o procurar.

Diversas vezes me desloquei à aldeia dele, procurando notícias. As pessoas apenas me indicavam a casa onde morava, mas as portas estavam sempre fechadas, com ausência dos seus proprietários (seus irmãos), que exerciam a sua actividade em diversos pontos do país.

Finalmente, em Agosto passado, numa nova tentativa, colhi a informação necessária ao desenvolver deste reencontro. Apareceu uma Srª vizinha que me deu o contacto telefónico da irmã Ermelinda, residente em Coimbra, a qual eu contactei de imediato. Esta recebeu-me muito bem, dando-me o seu endereço electrónico.

Encontrava-me de férias em Parada. Nessa noite redigi um texto para lhe enviar. A recepção foi rápida. Na manhã seguinte estávamos ligados aos nossos diálogos do passado. Contámos as nossas vidas no decorrer destes 39 anos, trocámos fotos de família e amigos comuns.

Hoje, sinto-me mais feliz porque encontrei um amigo. Do mesmo sentimento comungam quantos tenho alertado, dando conhecimento do reatar desta amizade. Ansiosos de o abraçar. A todos eu tenho informado que se perspectiva uma visita no próximo mês de Julho 2014.

Ao registar este acontecimento neste meu/vosso espaço, apenas quero partilhar com os meus leitores e amigos a alegria que me assiste por estar de novo no convívio com alguém que é digno do respeito e amizade de todos quantos com ele conviveram. Sei hoje que a sua vida a nível cultural, económica e, sobretudo familiar corre maravilhosamente, quanto ao resto, muito temos para conversar.

Até breve amigo Amílcar, para nós amigos, carinhosamente o ( Xaite, o Brinço).

Manuel Afonso (Manuel Silvino)

14 de setembro de 2013

Agosto de 2013 - Férias em Parada

Meus caros conterrâneos, leitores e amigos

O Agosto já lá vai. Regressei a Lisboa depois de alguns dias passados nos recantos da minha aldeia, no convívio com os meus amigos, romarias, visitas a locais maravilhosos que a natureza nos reserva e nós muitas vezes desconhecemos.

No decorrer deste mês, fiz registos fotográficos que me permitem concluir que é bom partilhar com aqueles que por diversos motivos não puderam estar presentes.

Vou tentar demonstrar que o nosso recanto Nordestino tem beleza natural, tradições de rara beleza, potencialidades turísticas, gastronómicas, sociais e sobretudo Humanas.

As famílias estavam particularmente felizes, encontravam-se rodeados de todos quantos lhes são queridos, passam o ano no estrangeiro, ganhando a sua vida. Falo obviamente dos emigrantes.

Assisti a batizados, convívios da população em almoços de sã convivência. Provas desportivas, desfiles de Moto 4 que me divertiram imenso com todas as suas acrobacias. Achega de touros e concertos (arraiais). Nas tardes, depois do café, não me cansava de observar os meus amigos a jogar sueca. Divertia-me o diálogo após cada jogo. Em bom abono da verdade reconheço que todos jogam muito bem. O treino também é intensivo.

As romarias são todas de cariz religioso. Sim porque são essas as crenças do nosso povo. Mas, existe uma sã concorrência entre aldeias para ver quem reuniu maior número de população no seu arraial, melhor conjunto e quantidade de fogo-de-artifício.

Ao fazer uma modesta seleção das fotos com que pretendia ilustrar este texto, facilmente verifiquei que a melhor solução passa por postar no final do mesmo, dando a possibilidade a todos os meus leitores contemplarem o que acabo de descrever. Aproveitei para fazer aquilo que muito gosto, fotografar. Recolhi alguns rostos de amigos e que os meus conterrâneos facilmente vão identificar. Quanto à natureza, fotografei o Lago Senábria, (Espanha), Rio de Onor, Ponte de Soeira e diversos recantos encantadores. A achega de bois realizou-se em Bragança.

A minha permanência em Parada, este ano foi mais prolongada. Digamos que assisti à chegada dos emigrantes e migrantes como eu também foram chegando. Confraternizei com todo o pessoal. A partir do dia 20 de Agosto a aldeia começou a ficar mais despovoada, pois o pessoal começou a regressar. Vi partir os amigos, resta-nos estas tecnologias das redes sociais que facilitam o contacto.

Da minha parte eu quero expressar que vou continuar a dar noticia da nossa aldeia e das suas gentes. Deixo-vos com as imagens. A todos cumprimento e envolvo num caloroso abraço.

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Manuel Afonso (Manuel Silvino

30 de junho de 2013

PARADA EM FESTA

Meus caros conterrâneos, leitores e amigos.

No passado dia 16 de Junho, sua Reverência D. José Cordeiro, bispo de Bragança e Miranda, honrou-nos com a sua visita.

Encontrava-me em Parada, como tal, não podia deixar de registar tão relevante acontecimento.

Foi para mim gratificante, apreciar todo o clima criado para o efeito. O Povo engalanou-se. A população de Parada, foi como é seu hábito, trabalhadora, sim porque foram extraordinários no trabalho executado, generosos na arte de bem receber, acolhedores e sobretudo solidários. Sinceramente, reconheço que esta cerimónia transcendeu em muito as minhas expectativas, os meus parabéns a todos quantos prestaram o seu contributo. Bem hajam.

Sua Reverência, chegou a Parada às 10h30, o povo aguardava-o na capela de S. Roque. O José Emílio Pereira, dirigiu algumas palavras de circunstância, redigidas sobre o joelho um rascunho muito bem estruturado desejando as boas vindas. Porque o achei oportuno passo a transcrever este magnífico texto.

“Sua Reverência D. José Cordeiro, Senhor Padre Fontoura, Senhor Padre Rocha, Senhor Padre Tadeu, Senhores Diáconos, Senhores membros da Junta de Freguesia de Parada, minhas Senhoras e meus Senhores.

Em nome desta aldeia transmontana de Parada de Infanções, apraz-me neste momento tão solene, apresentar a vossa Reverência D. José Cordeiro, nosso querido Bispo e Pastor de Bragança e Miranda, os nossos respeitosos cumprimentos e agradecer a sua visita Pastoral, pois é sempre Bem-vindo. A sua visita creio que resulta um pouco tardia, porque esta aldeia de Parada, sendo a maior do concelho de Bragança, deveria de já ter tido essa honra.

Mas, diz o Santo Evangelho, pela boca do Senhor Jesus, que os últimos serão os primeiros. O meu/nosso muito obrigado.”

Dito isto, passo a descrever o acontecimento, colocando alguma ordem e ao mesmo tempo ilustrando com algumas imagens das muitas que recolhi, enriquecendo o texto que me proponho apresentar. O ambiente na aldeia é de festa, as ruas estão enfeitadas com pétalas de rosas e as mais variadas plantas. A Igreja encontra-se magnífica. Os seus altares carregados de flores, proporcionam um ambiente fantástico ao celebrar a Santa Eucaristia.

Sua Reverência, foi acompanhado por a população até à Igreja. No percurso, visitou o cemitério e o Centro de Dia, onde estão a decorrer grandes obras, já praticamente concluídas.

Chegada ao Adro da Igreja, mais população concentrada para receber tão ilustre personagem. Após a Missa, procedeu-se à Procissão pelas ruas da aldeia. Existiam peças ornamentais nas janelas, arcos bem ornamentados sobre as ruas e simultaneamente eram lançadas pétalas sobre as pessoas. Finda a procissão, seguiu-se uma visita de Sua Reverência aos monumentos da aldeia, nomeadamente, capelas da Srª da Santa Cruz, Srª do Carmo, Srª das Candeias, Santo Amaro. Visitou ainda com alguma mágoa a Fonte Vila.

Quero referir ainda, que o povo se concentrou num almoço convívio no Pavilhão Gimnodesportivo e o mordomo recebeu na sua casa no Bairro do Açougue a população em geral para os tradicionais tremoços e demais iguarias, bem acompanhado das respectivas bebidas., Em todas estas iniciativas já consagradas no programa Sua Reverência participou, confraternizando com o seu povo. São na minha modesta opinião, exemplos destes que enriquecem a Igreja Cristã.

Vou terminar este meu trabalho, pedindo desculpa aos meus amigos por não ter participado em alguns momentos tão especiais deste acontecimento, mas a vida é assim, tinha visitas em casa e precisava de as acompanhar.

Para finalizar, os sinceros agradecimentos a todos quantos colaboraram nesta festa que a todos nos deve encher de orgulho. Não vou referenciar nomes, foram muitos, a todos eu abraço com o meu muito obrigado.

     

  

 

 

 

 

 

Manuel Afonso (Manuel Silvino)

PARADA - Lar, Doce Lar - Meu Berço e meu Refúgio

PARADA - Lar, Doce Lar - Meu Berço e meu Refúgio
A mesma Parada vista por dois olhares