Meus caros amigos,
Apesar de umbilicalmente ligado, digo isto porque a postagem que agora crio, contém, na mesma, fotos de minha autoria e elas situam-se na cidade de Lisboa, resolvi truncar por momentos a rúbrica “Um Olhar sobre a Capital” e dedicar-vos este post ilustrado, para vos dar a conhecer um pouco mais da minha vivência em Lisboa.
Posto isto e dado já ter esta matéria escrita desde o ano transacto, aqui vai…
“Aos meus amigos e leitores dedico esta matéria, ilustrando com alguns trabalhos fotográficos a paisagem da área urbana que me rodeia.
Em Novembro do ano transacto, fui transferido para as instalações do Ministério das Finanças e da Administração Pública, sito na Praça do Comércio. Foi fácil a adaptação. Comecei por apreciar toda aquela área envolvente e não resisti ao impulso de pegar na máquina fotográfica, fazendo uns bonecos. Quis com isso dar a conhecer algumas das belezas que a nossa capital contém.
Não tenho dúvidas que muito existe ainda para mostrar, mas as condições atmosféricas não permitem fazer melhor.
Prometo que sempre que realize novos trabalhos, postá-los-ei neste meu blog, levando-os àqueles que porventura não conheçam as belezas da Baixa Pombalina.”
Para vos poupar um trabalho de busca, demorado, faculto-vos uma discrição em pormenor (wikipédia), sobre a matéria em epígrafe.
A Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m).
Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este sítio junto ao rio. O Paço da Ribeira, bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal. Os edifícios, com arcadas que circundam a praça, albergam alguns departamentos de vários Ministérios do Governo Português e ainda o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa.
Após a Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa republicano. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o amarelo. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo. Essa foi sempre a entrada nobre de Lisboa e, nos degraus de mármore do Cais das Colunas, vindos do rio, desembarcam chefes de estado e outras figuras de destaque (como Isabel II de Inglaterra ou Gungunhana). Ainda é possível experimentar essa impressionante entrada em Lisboa nos cacilheiros, os barcos que ligam a cidade a Cacilhas. Hoje, o espectáculo é prejudicado pelo trânsito na Avenida da Ribeira das Naus, que corre ao longo da margem.
Um facto interessante são os banhos semanais que ocorriam antigamente no cais, nos quais algumas pessoas ousavam e se banhavam nuas, o que causou indignação na época. No centro da praça, vê-se a estátua equestre de D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma patina verde. No lado norte da praça, encontra-se o Arco Triunfal da Rua Augusta, a entrada para a Baixa. A área serviu como parque de estacionamento durante a década de 1990, mas hoje este vasto espaço é usado para eventos culturais e espectáculos.
Pode observar-se ao longe o Santuário de Cristo-Rei ( O Cristo-Rei é um dos "ex libris" de Lisboa. A ideia da sua construção remonta a 1934, altura da visita do Cardeal Cerejeira ao Corcovado, no Rio de Janeiro. Foi no entanto a não participação de Portugal na II Guerra Mundial que precipitou a concretização da obra, na sequência de uma promessa, feita pelo episcopado, que se Portugal fosse poupado à hecatombe da guerra o monumento seria erigido.
O monumento foi inaugurado a 17 de Maio de 1959. A autoria é dos arquitectos António Lino e Francisco de Mello e Castro e dos mestres-escultores Francisco Franco e Leopoldo de Almeida.
O monumento está a 113 metros acima do nível do mar e oferece uma das mais bonitas vistas sobre a cidade de Lisboa.)
Esperando ter, minimamente, satisfeito as vossas naturais expectativas,
A todos
Um abraço e um Olhar, deste vosso.
Manuel Afonso
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