Meus caros leitores, amigos e conterrâneos.
No passado dia 16 de Janeiro, desloquei-me a Parada para uma curta estadia. O tempo, algo instável, fez-me uma agradável surpresa, daquelas que há bastante tempo não ocorria.
As noites estavam frias, mas nada fazia prever que ocorresse precipitação de neve. Deitei-me por volta das 01h00m e senti uma brisa que fazia o habitual ruído no telhado e portas.
No dia seguinte, acordei com o ladrar do meu cão algo agitado. Levantei-me e fui ver o que se passava. O animal estava eufórico ao ver as “farrapas” caírem, criando um encantador manto branco. Tudo isto talvez provocado pela surpresa, pois devo referir que se trata de um animal de raça Serra da Estrela e com 8 meses de idade.
Para mim, foi muito bom recordar os meus tempos de criança, em que estas ocorrências climatéricas eram mais frequentes. Veio-me à lembrança o poema de Augusto Gil, a Balada da Neve “Batem leve, levemente, como quem chama por mim…”. Peguei na máquina fotográfica e registei todas estas imagens que hoje quero partilhar, simultaneamente, público este belo poema que julgo nos vai fazer recordar os nossos tempos de escola primária.
Das janelas da minha casa tenho um horizonte de neve constante. Os montes da Senábria Espanhola.
Mas, meus caros amigos, sentir, apalpar, brincar e contemplar as nossas paisagens é muito bom. Por tudo isto eu quero deixar registado o momento idílico porque passei.
Manuel Afonso (Manuel Silvino)