Caros amigos, conterrâneos e visitantes;
Como poderão facilmente depreender, abro hoje uma excepção, porque oportuna e principalmente merecida, e dedico estas minhas sentidas “palavras” aos destinatários que se seguem;
“Aos meus (ex)colegas
Hoje ao encerrar uma etapa da minha carreira profissional, decidi dedicar algumas palavras a todos quantos comigo, ultimamente privaram. Ficam registadas neste meu/vosso humilde blogue para memória futura.
Ao abraçar sentida e fraternalmente todos com quem tive o prazer de trabalhar na DGAEP – Direcção Geral de Administração e Emprego Público, deixo-lhes uma palavra de gratidão e um muito obrigado por tudo o que me proporcionaram, com principal relevância para a vossa amizade.
Não obstante ter tido a sorte de privar com muitas e óptimas pessoas, estas palavras são dedicadas àqueles que de alguma maneira, mais fundo caíram no meu coração.
Até aqui e durante um bom número de anos viajámos juntos. Passaram por nós débitos, créditos, adiantamentos, somas, subtracções, divisões, multiplicações, um sem fim de cálculos matemáticos...
Não faltaram os grandes obstáculos. Contudo, frequentes foram os degraus que nos ajudaram a transpor os abismos que nos foram colocados...
As subidas e descidas foram realidade sempre presente. Juntos, percorremos rectas, apoiámo-nos nas curvas, juntos descobrimos escolhos mas e também afectos...
Chegou o momento de seguirem viagem sem mim...
Que as experiências convosco compartilhadas, no percurso até aqui, sejam para mim, a alavanca para que alcance a alegria de chegar ao destino projectado – o merecido descanso e uma maior atenção aos meus familiares.
Creio que deixarei, do mesmo modo como herdei, a saudade e a esperança de um reencontro aos que, por vários motivos, deixaram o nosso local de trabalho, seguindo outros caminhos, trajecto que hoje iniciarei.
O meu enorme agradecimento àqueles que, mesmo não dando a cara, mas sempre presentes, me quiseram bem e me apoiaram nos bons e nos maus momentos.
Permitam-me que divida convosco os méritos desta conquista, porque ela também a vocês pertence.
Uma despedida agora se torna necessária antes de nos podermos reencontrar, ou seja, adeus – jamais, melhor direi – até sempre.
Que as nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
Parafraseando o grande escritor Nicholas Sparks, resta-me dizer;
“A razão por que a despedida nos dói tanto é porque as nossas almas talvez estejam ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre estarão. Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos reencontramos. E talvez a cada vez tenhamos sido forçados a separar-nos pelos mesmos motivos. Isso significa que este adeus é ao mesmo tempo um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá.
Encontra-mo-nos por aí.”
Manuel Afonso