26 de novembro de 2012

A Castanha

Caros familiares, amigos, conterrâneos e visitantes;

Termina agora mais uma colheita deste precioso fruto. A nossa aldeia tem o privilégio de usufruir de uma enorme produção, tanto a nível de qualidade bem como de quantidade, o que muito me apraz registar.

Hoje, nem eu sei bem porquê, senti necessidade de escrever sobre este fruto que para nós se reveste de especial interesse.

Desde pequeno me recordo de ciclicamente fazer esta magnífica colheita. Uns anos mais produtiva, outros menos, mas na verdade, sempre agradável para o sustento das famílias e economia da região.

No decorrer do verão, dada a seca que se fazia sentir, os indicadores sobre a colheita deste ano eram muito pessimistas. As condições climatéricas alteraram-se e começou a chover. Foram estas águas que fizeram desenvolver os ouriços proporcionando uma campanha de muita produção e rentabilidade.

Foi para mim muito agradável poder conviver com os meus conterrâneos, sentindo a sua alegria com este bem precioso. Diversas vezes senti que nunca fez tanto sentido o provérbio popular que tantas vezes ouvi na minha meninice: “no verão, não há burro velho nem carro são”. As pessoas, velhas, novas, doentes, crianças, enfim… toda a gente apanhava castanhas.

Nestes últimos anos, alguns grupos de estrangeiros, nomeadamente Búlgaros e Romenos, vieram colaborar, auferindo algum dinheiro pela jorna diária € 35,00 com merenda.

Tenho informação, que finda esta colheita os resultados económicos resultam muito atractivos. Posso dizer que alguns agricultores da minha aldeia produziram 25 e 30 toneladas deste magnífico fruto.

Em termos económicos, esta foi uma fonte de receita para a nossa aldeia muito agradável.

Ao descrever este pequeno texto, não posso deixar de manifestar algum desconforto, por uma praga que ataca os castanheiros dizimando a árvore num curto espaço de tempo. Todas as tentativas são feitas no sentido de minimizar o problema, mas a verdade é que os resultados são nulos.

Mesmo assim os agricultores, não desistem e continuam a plantar, tentando minimizar os prejuízos e compensar as perdas com novas plantações.

Por fim, para ilustrar este texto e porque alguns leitores podem desconhecer este ciclo de produção da castanha, vou aqui deixar-vos algumas fotografias.

Como sempre o meu forte abraço para quantos passarem por este simples meu/nosso espaço, solicitando alguma colaboração que achem por bem prestar-me.

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Manuel Afonso (Manuel Silvino)

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PARADA - Lar, Doce Lar - Meu Berço e meu Refúgio

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A mesma Parada vista por dois olhares